A qualidade de vida é algo subjetivo. Quando o assunto é bem-estar, logo se faz a associação a uma vida de alto padrão, com um carro de luxo na garagem, investimentos, viagens, lazer, entre outros. E, de fato, isso é sinônimo, sim, de uma vida de qualidade. Contudo, para alcançar essas metas de vida e qualquer outra, diversos fatores estão envolvidos e devem ser considerados quando o assunto é o bem-estar de um indivíduo.
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Para alguns, quando o assunto é qualidade de vida, o dinheiro é essencial, bens, apartamentos, recursos investidos, já para outros a importância está em sua casa, saúde, ser bem-sucedido no trabalho. Seja qual for a ideia de qualidade de vida de uma pessoa, existe um fator que converge entre todas elas: a educação financeira.
Qualidade de vida e profissionais do direito
Tomemos como exemplo os profissionais da área do direito, advogados, juízes, promotores. Normalmente, vivem uma situação financeira muito boa. São peritos em suas respectivas áreas e prezam, geralmente, por uma qualidade de vida de alto padrão.
Viagens, troca de carro, uma casa de qualidade e luxo, um estilo de vida onde preocupações com tributos, salário, impostos e previdência não fazem tanta parte do cotidiano. Essa tende a ser realidade e a qualidade de vida almejada por muitos. E, para esses profissionais, que já se encontram neste patamar, a atenção e o cuidado com as finanças deve, mesmo assim, existir de forma certeira.
Padrão de vida e capacidade financeira
O padrão e a qualidade de vida está diretamente relacionado à capacidade financeira e aos hábitos de consumo. Logo, em tese, as pessoas deveriam guiar seu padrão de vida ideal pela renda disponível.
Porém, mesmo para aqueles com uma capacidade financeira maior, como no caso dos profissionais do direito, não é o que acontece, muitas vezes, na prática: de acordo com o estudo “Perfil das pessoas que vivem além de seu padrão de vida”, publicado pelo SPC Brasil e Meu Bolso Feliz em 2017, um em cada quatro brasileiros vive acima do padrão permitido por sua renda.
Isso quer dizer que 40% da população se encaixa em critérios como:
- Vive para pagar as contas, fechando o mês no zero;
- Acumula dívidas acima de sua capacidade financeira;
- Não consegue fechar as contas do mês e fica no vermelho.
Além disso, 54% dos consumidores estão insatisfeitos com sua qualidade de vida atual, enquanto 92% acham que está mais difícil elevar esse padrão nos próximos anos.
Também de acordo com a pesquisa, estes são os itens que indicam uma boa qualidade de vida bom no Brasil:
- Bens: casa, carro, eletrodomésticos, roupas, objetos de decoração;
- Comunicação: internet em casa, TV a cabo, plano de celular;
- Saúde: plano de saúde particular e acesso a atividades esportivas;
- Educação: escola particular, cursos e graduações;
- Lazer: ir ao menos uma vez ao mês ao teatro/parque/cinema, duas vezes por mês ao restaurante/bar e viajar uma vez ao ano;
- Alimentação: comprar frutas, carnes, iogurtes, doces e congelados à vontade;
- Finanças: ter uma reserva financeira e investimentos;
- Serviços: contar com faxineira semanal ou empregada mensalista.
A importância do planejamento financeiro para profissionais do direito
A gestão e o planejamento financeiro são encarados, muitas vezes, como um problema difícil de ser solucionado, seja qual for a área. Entretanto, a verdade é que realmente administrar um negócio é sim complicado, mas, muitos dos erros ocorrem por negligência ou falta de planejamento prévio das finanças.
Alguns dos principais erros no processo de gestão e planejamento financeiro para profissionais do direito são:
- ignorar as despesas (fixas e variáveis);
- não separar as finanças pessoais das profissionais;
- desconsiderar a importância do pró-labore;
- não realizar o controle do fluxo de caixa;
- assumir a administração das finanças sem ter experiência;
- desprezar os softwares de gestão e continuar apostando em processos manuais.
Conhecendo esses erros, é possível traçar estratégias para corrigi-los e manter o alto padrão e a qualidade de vida:
- Controle do fluxo de caixa: prever as entradas e saídas de dinheiro é essencial. A gestão de fluxo de caixa pode ser feita regularmente, por meio de anotações de ganhos e gastos em planilhas e/ou sistemas que centralizam todas as informações, facilitando o acesso e a visualização dos dados.
- Pró-labore: No caso de escritórios desorganizados financeiramente, muitos não definem um pró-labore, que nada mais é que o salário, ou o valor que o empreendedor paga a si mesmo mensalmente. Ignorar esse planejamento impacta no caixa da empresa. Já que o dono começará a tirar o dinheiro interno e esse valor pode fazer falta futuramente. Portanto, num cenário de organização das finanças para advogados é primordial que o gestor defina um pró-labore.
- Custos fixos e variáveis: Um dos maiores desafios das empresas, no geral, é conseguir precificar o valor do trabalho. Uma alternativa é comparar o valor cobrado ao dos seus concorrentes. Porém, a forma correta de estipular esse valor é identificando os custos fixos e variáveis do escritório.
Os custos fixos são: contas de luz, internet, água, telefone, aluguel. Os variáveis: pagamento de comissões, horas extras, gastos com ações de marketing e publicidade.
Por isso, se você sabe exatamente quais são esses custos fica mais fácil fazer a precificação e ter uma noção de quanto você precisa cobrar para cobrir os seus custos de funcionamento. E esse embasamento é importante ainda na tomada de decisão de investimentos ou cortes de despesas.
- Software de gestão financeira: No plano de finanças para advogados e profissionais do direito, a gestão financeira pode ser facilitada por softwares que atuam para que não haja perca tempo com processos burocráticos. Essas ferramentas otimizam processos, reduzem o tempo investido na organização das finanças e diminui as chances de erros.
Além disso, eles permitem uma organização administrativa maior e mais eficaz, auxiliam no controle de contas e fornecem uma análise completa das informações financeiras e isso gera maior economia de tempo e mão de obra.
Caso você se encontre em um cenário como esse e não sabe por onde começar para melhorar sua qualidade de vida e sua realidade financeira, o ideal é buscar um consultor de finanças pessoais que te ajudará a se organizar e, assim, atingir seus objetivos, tanto em sua vida particular como em seu ambiente profissional.