Ter um lar repleto de amor e cumplicidade é o desejo da maioria – se não, todas elas – das famílias do planeta. Viver em harmonia favorece não somente os laços entre parentes, como também a saúde mental e física. Porém, para alcançar esse patamar, diversas coisas são essenciais. E é sobre uma delas que trataremos aqui: a paz financeira.
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Obviamente as pessoas não são iguais. Cada uma tem seus desejos, vontades, manias e costumes. Dentro de um lar essas diferenças se tornam ainda mais evidentes.
Por isso, mesmo que tentemos evitar ao máximo, conflitos sempre existirão.
Porém, são nesses momentos em que a força e a união da família se fazem necessário.
O dom de achar uma solução em meio a tudo isso é o que torna o laço familiar a mais poderosa de todas as conexões.
Pais gentis, filhos educados, relações transparentes e prosperidade financeira. Tópicos indispensáveis para cultivar o amor que deve existir entre os membros de um lar.
É preciso muita disciplina, saber conversar, saber ouvir, saber explicar e saber entender. O futuro repleto de paz financeira depende de atitudes que tomamos no hoje. Seja uma economia qualquer ou um planejamento a longo prazo.
E como o meu papel aqui é ajudar você em questões como essa, ai vão quatro dicas que, com certeza, se aplicadas, farão essa paz financeira em casa se tornar ainda mais concreta e alcançável.
Mas, antes delas, vamos entender rapidamente o que é um planejamento financeiro? Vem comigo.
Planejamento financeiro: o que é e como torná-lo eficiente?
Resumidamente, um planejamento financeiro é uma técnica de organização de despesas inteligente e funcional, com o objetivo de controlar todo o dinheiro de uma determinada pessoa, empresa ou família.
No caso do planejamento financeiro familiar, alguns pontos devem ser levados em consideração.
Como por exemplo, o fato de que o orçamento de uma família funciona como o de uma empresa, ou seja, possui custos fixos e variáveis, além de receitas.
Apesar de bem simples, montar e executar um planejamento financeiro necessita de disciplina, principalmente quando abordamos um grupo de pessoas, no caso uma família, uma vez que, como citado lá em cima, cada um tem um pensamento diferente e tende a ter uma visão própria de como o dinheiro deve fluir.
Para isso, é necessário que todos os membros da família estejam engajados e comprometidos.
Além disso, metas devem ser traçadas e o controle deve ser sempre antecipado.
Somente assim, a paz financeira dentro do lar será alcançada e os desejos de cada um poderão, dia após dia, serem realizados com mais frequência.
Bom, agora que você já sabe como funciona o planejamento financeiro familiar e para que ele realmente serve, vamos ao que importa. Confere aí!
4 dicas para alcançar a paz financeira em casa
De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em 2018, mais de 59% das famílias brasileiras estão endividadas.
O vilão mais comum é o cartão de crédito, que representa mais de 77% das dividas desse percentual. Também fazem parte desse grupo os carnês e financiamentos.
Quando chegam a esse ponto, os membros da família tendem a culpar uns aos outros pelos gastos.
E é ai que a coisa desanda mais ainda.
O primeiro passo para resolver essa situação é reconhecer a falha como sendo um erro coletivo e buscar uma solução juntos.
Quando há essa união e esse trabalho em conjunto, a tendência é de que os ganhos e as despesas sejam balanceados.
Somente assim, o bem-estar da família estará assegurado. Com pequenas atitudes, é possível construir um patrimônio a longo prazo, além de viver com mais harmonia, felicidade e com paz financeira.
Alinhe as expectativas da família
Como dito anteriormente, todos os membros de uma família possuem expectativas e desejos diferentes entre si.
Seja uma viagem, um bem específico, entre outros.
O segredo aqui é alinhar essas expectativas a fim de evitar frustrações.
É preciso entender que cada um possui um pensamento distinto e vive uma realidade própria, mesmo que vivendo junto durante toda vida.
Marido e esposa, por exemplo, costumam vir de culturas diferentes, onde o dinheiro é gasto de uma forma específica e a paz financeira é vista de forma singular.
Por esse motivo, os filhos acabam sendo uma mistura dessas culturas.
Sendo assim, as decisões a serem tomadas tem de ser tomadas em conjunto, como um grupo.
Vamos fazer uma viagem? Vamos guardar dinheiro para algo que queremos comprar? Todas as perguntas devem ser feitas de forma que envolva todas as partes, pais e filhos.
Saber quais são as expectativas de cada um torna mais fácil a construção da empatia entre os familiares.
Dica: Uma dica que pode ajudar bastante nessa questão e pode ser interessante para visualizar com mais clareza essas expectativas, é reservar um espaço da casa para a saúde financeira familiar, onde essas expectativas podem estar expostas em uma cartolina ou em post-its para que todas saibam que elas existem.
Fazer um orçamento financeiro junto da família
Depois de alinhar todas as expectativas de forma concreta e com a participação de todos, chegou a hora de montar um orçamento financeiro familiar com a participação de todos os integrantes da família.
É aqui onde se decide quando, como e onde se deve gastar o dinheiro, além dos objetivos e das metas, a curto e a longo prazo.
O ideal é que esse orçamento seja revisto de forma periódica, seja toda semana ou todo mês.
Reunir a família para estar sempre discutindo esses pontos é saudável e, além de estreitar ainda mais os laços, é o caminho mais rápido em busca da paz financeira.
Portanto, com as expectativas de cada um expostas e alinhadas, é hora de colocar a engrenagem para funcionar.
Transparência com os gastos
Eis aqui uma questão de extrema importância quando falamos de orçamento financeiro familiar e a busca pela paz financeira.
A transparência é o caminho do sucesso.
É preciso sempre deixar tudo muito claro.
Quando não há a possibilidade de fazer algo que uma pessoa está querendo, ou quando não se pode comprar algo atualmente. Saber explicar e saber entender é o que mantém tudo funcionando de acordo com o planejamento estipulado.
Apesar das expectativas alinhadas, algumas vezes o “não” é necessário para que muitos “sims” sejam ditos futuramente.
Porém, esse “não” precisa ser dito de uma forma clara e coerente, para que transtornos, brigas e discussões sejam evitados.
Para entender que talvez aquela não seja a hora para fazer tal coisa é preciso explicar coerentemente os motivos.
Só assim, aquele estereótipo de pais mandões não existirá e paz financeira poderá existir.
Quando não é o momento, saber conversar é o caminho para que o “não” seja encarado de forma construtiva e não como um obstáculo para a felicidade pessoal de alguém.
Dica: Procure debater assuntos como esse nas reuniões realizadas periodicamente. Explique para todos o motivo de algo não acontecer, deixando de lado qualquer pensamento de desamor ou injustiça que possa vir a existir.
Deixe a comparação de lado
É claro que se comparar ao outro é comum, porém esse é um costume que precisa ser evitado.
E daí que seu amigo tem algumas coisas que você não tem?
Um carro melhor, uma casa maior, uma TV com mais qualidade.
Está tudo bem. Cada um tem a sua realidade. E somente quando damos valor ao que temos atualmente é que saberemos dar valor ao que conquistaremos no futuro.
Comparações desse tipo não devem existir. É prejudicial tanto para a harmonia familiar, quanto para a saúde mental de cada um.
Cada família tem uma realidade diferente, um orçamento diferente e objetivos diferentes. Poucas vezes tudo isso coincide.
Dica: Os post-its que citamos podem ser usados aqui também, servindo como forma de blindar a mente de cada um. Os dizeres podem variar: “não se compare”, “valorize o que temos”, e por ai vai.